sábado, 2 de junho de 2012

Primavera

Era impossível não amar aquele lugar, tudo ali era lindo especialmente no começo da primavera. A grama verde, o céu azul, as flores coloridas nos canteiros, os bancos brancos, os casais felizes, as crianças correndo, as mães conversando,  a brisa fria - último suspiro do inverno que ia embora -, o sol aquecendo a pele. Ela sorriu, fechou os olhos e soltou os cabelos, queria sentir o vento bagunçando seus cachos e mais nada. De olhos fechados sentiu uma sombra em sua frente, sabia que ele havia chegado, apertou o olhos. Sabia quais a intenções dele com ela, sabia a razão dele procurá-la de vez em quando, sabia que aquilo era passageiro, mas não queria se importar com aquilo, afinal mesmo que só por uma noite era divertido pra ela também.
Quando ela abriu os olhos, ele estendeu a mão e a ajudou a se levantar. Os saíram de mãos dadas até o carro dele e ela deixou que todo seu medo de sofrer no fim naquela noite, quando deitasse sozinha em sua cama, escapasse num longo suspiro.

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