sábado, 29 de maio de 2010

Noite de Sexta

O relógio marcava 23:45 h e com apenas 2 quarteirões de distância, cada um se preparava para a noite de sexta como se vivesse em um mundo completamente diferente do outro. Ele já havia tomado banho, bagunçado propositalmente os cabelos e vestido a tal blusa preta da sorte; ela estava com a mesma roupa desde de manhã, os cabelos estavam bagunçados mas por conta da correria do dia e banho era algo que não havia experimentado desde a hora que acordou. Ele iria para o barzinho do bairro, com os amigos e a namoradinha para beber e falar besteira até o dia amanhecer; ela iria esperar a filha dormir para tomar banho, jantar e dar mais lida na matéria, afinal não precisavam acordar cedo no sábado nem ele e nem ela. A campainha tocou, ele se despediu da mãe e saiu com um sorriso no rosto, a namoradinha vestia um micro vestido preto e demostrou a ele que a noite não terminaria no bar e sim cama; a pequenina abriu os olhos e gargalhou quando foi colocada no berço, e ela sorriu ao perceber que a noite não terminaria nos livros e sim com a filha. E assim, com apenas poucos quarteirões de distância, cada um vivia a sua vida, como se vivessem em mundos diferentes e não tivessem nada em comum.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Mãe Solteira

O silêncio que dominava a casa foi interrompido por um choro alto e sofrido, ela esfregou os olhos e pegou o celular embaixo do travesseiro, o relógio indicou que ainda não havia passado das três da manhã. Levantou-se e foi até o berço no canto do quarto, a pequena menina de grandes olhos castanhos e redondos levantou os braços e ao se aconchegar no colo da mãe calou-se, ela apenas beijou a face da pequena e num suspiro disse: "-Calma, mamãe tá aqui.", o cansaço do dia anterior a deixava sem forças, queria deitar e dormir mas não podia afinal era só a ela que a pequena tinha. Apertou os olhos na esperança de que o sono passasse, que o cansaço se fosse mas os abriu rapidamente quando percebeu que se os mantesse assim por mais um segundo não conseguiria abri-los até que o dia amanhecesse, a respiração da menina em seu colo estava se normalizando, mas não arriscaria coloca-la sozinha no berço e ter seu sono interrompido novamente, a pequena terminaria a noite na cama da mãe. Deitarem-se as duas e dormiram até o sol nascer...
E eu estava vivendo a minha vida, fazendo minhas coisas, me preocupando com os meus problemas e por vezes com a vida dos outros quando decidi que seria legal escrever uma histórinha que vinha ocupando a minha mente em algum lugar, a princípio ela iria no meu blog mas depois achei mais apropriado criar um lugar só pras minhas histórias morarem. Óbvio que é mais fogo de palha do que qualquer outra coisa mas não custa tentar...