segunda-feira, 1 de junho de 2015

A Mãe Solteira - Prólogo

Disclaimer: A história será reescrita e adaptada. Alguns personagens terão os nomes alterados, mas manterei a essência já que essa história é meu chamego.

A vida de Elisa era corrida; escola, cursinho pré-vestibular, ballet, inglês, capoeira e encontros do coral da igreja. Mal sobrava tempo pro namorado, Pedro ou pra melhor amiga Suzana. O plano era passar no vestibular de Engenharia Civil, fazer uma viagem de intercâmbio pra celebrar a nova fase e depois se debruçar nos estudos. Após a formatura se casaria com Pedro Henrique, numa festa linda, entraria na igreja completamente vestida de branco e encheria a mãe de orgulho. Não que ainda fosse virgem, mas ninguém além de Suzana, precisava saber desse detalhe.
Faltavam 2 semanas para a prova do vestibular e ela mal tinha tempo para respirar, sempre que estava em casa estava estudando, não via o namorado há umas duas semanas, mas só tinha tempo de sentir falta dele quando ia dormir. E como sentia falta dele e de Suzana também, mas faltava pouco, faltava muito pouco.
As duas semanas passaram mais rápidos do que qualquer outra semana que ela havia vivido e antes que se desse conta era o dia da prova. Acordou antes do sol, quando levantou da cama tremia tanto que mal conseguia ficar de pé, tomou um longo banho gelado e seguiu para a cozinha para o café da manhã; um copo de suco de maracujá e duas torradas, mas o café da manhã mal caiu no estômago e pediu para voltar, assim ela optou por fazer em jejum.
Dali em diante o dia foi um borrão, a ida para a prova, a prova em si, ela sentia-se semi consciente quando saiu da sala de prova, estava zonza, com a visão embaçada e de repente tudo escureceu. Quando abriu os olhos estava cercada por pessoas desconhecidas, não conseguia identificar nada que era dito no burburinho, lembrava de  alguém falar em ambulância, mas decidiu ir pra casa.
"Foi a fome" ela disse quando viu a cara de espanto da mãe após ouvir sobre o desmaio. "Eu não tomei café da manhã, juntou o alívio pelo fim da prova e o fato de eu estar em jejum, foi só isso."
"Quando você menstruou pela última vez?" Suzana estava deitada na cama e brincava com alegremente com um urso de pelúcia. "Veja bem, você vomitou e desmaiou num dia só, se sua menstruação estiver atrasada, você está grávida." Dizia de forma tão displicente que parecia não entender a gravidade do que dizia.
"Você fala como se isso fosse uma coisa boa, como fala como se um filho agora você uma possibilidade remota." Elisa respondeu, também de forma displicente. "Imagina só, a dona Rita aos prantos porque eu deflorei o filho dela antes do casamento, meu pai correndo atrás do Pedro com uma faca na mão e minha mãe morrendo de desgosto porque eu desgracei a família pecando contra a castidade. Seria o caos." ela completou de forma relaxada.
"Mas e o Pedro, como ele reagiria?" a pergunta de Susana a pegou de surpresa. Nunca pensara nisso antes. Planeja filhos com ele em futuro distante e sempre imaginava ele feliz com a notícia, uma gravidez aos 18 anos nunca havia sido uma opção e não imaginava como um Pedro recém ingressado na faculdade de direito reagiria a ideia de ser pai.. "Ele reagirá super bem, porque ele receberá quando nós dois formos casados há pelo menos dez anos, bem sucedidos e felizes." Elas mudaram de assunto algumas vezes até Suzana ir embora.
Pedro estava em provas na faculdade e por isso havia mandado só uma mensagem, combinaram de se ver na sexta, sairiam pra comer uma pizza e matar a saudade, depois se iriam pra casa de Vinicius, um dos melhor amigos dele pra matar ainda mais a saudade.
Já estava deitada na cama pronta para dormir quando tentou se lembrar da sua última menstruação. Definitivamente fazia mais de um mês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário